Repertório de Joana Amendoeira
Pressentindo a madrugada
Na beira do meu olhar
Abro a mão, não tenho nada
Mas não a torno a fechar
Ao ver o teu sono lindo
A dormir na minha mão
O orvalho vai caindo
O orvalho vai caindo
Nas rugas da solidão
Tu chamas-me de alvorada
Tu chamas-me de alvorada
E fazes-te de sol posto
Ao veres cair a geada
Ao veres cair a geada
Pelos vales do meu rosto
No momento em que despertas
No momento em que despertas
Das tuas noites sombrias
Vês que tenho as mãos abertas
Vês que tenho as mãos abertas
E que as duas estão vazias
É por não terem lá nada
É por não terem lá nada
Que só se fecham as duas
Na surpresa abandonada
Na surpresa abandonada
De irem abraçar as tuas