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Canção de madrugar

Ary dos Santos / Nuno Nazareth Fernandes
Versão de Carlos do Carmo
Interpretada por Hugo Maia de Loureiro no Festival RTP 1970 

De linho te vesti
De nardos te enfeitei
Amor que nunca vi... mas sei

Sei dos teus olhos acesos na noite
Sinais de bem despertar
Sei dos teus braços abertos a todos 
Que morrem devagar
Sei meu amor inventado que um dia
Teu corpo há-de acender
Uma fogueira de sol e de fúria 
Que nos verá nascer

Irei beber em ti 
O vinho que pisei
O fel do que sofri... e dei

Dei do meu corpo um chicote de força
Rasei meus olhos com água
Dei do meu sangue uma espada de raiva 
E uma lança de mágoa
Dei do meu sonho uma corda de insónias
Cravei meus braços com setas
Descobri rosas alarguei cidades
E construí poetas

E nunca te encontrei 
Na estrada do que fiz
Amor que não logrei... mas quis

Sei meu amor inventado que um dia
Teu corpo há-de acender
Uma fogueira de sol e de fúria 
Que nos verá nascer

E então:
Nem choros, nem medos, nem uivos, nem gritos, nem
Pedras, nem facas, nem fomes nem secas nem 
Feras, nem ferros nem farpas nem farsas, nem
Forcas, nem cardos, nem dardos, nem terras, nem
Choros, nem medos, nem uivos, nem gritos, nem
Pedras, nem facas, nem fomes nem secas nem
Feras, nem ferros nem farpas nem farsas, nem mal