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As letras publicadas referem a fonte de extração, ou seja: nem sempre são mencionados os legítimos criadores dos temas aqui apresentados.
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Marcha do Bairro Alto 1995

Letra e música de José Mário Branco 
Repertório de Camané


Sou o Bairro Alto
Olho em sobressalto
Prás tristezas que Lisboa tem
Sou o Bairro Alto 
Pronto a dar o salto
Para um tempo novo que aí vem

Todo o bom filho sai  
Conforme os pais que tem
O fado é meu pai
Lisboa é minha mãe

E eles cantando
Vão-me preparando
Para um tempo novo que aí vem

Nem quando foi 
Dos terramotos do Marquês
Nem com as maldades 
Que o fado sempre lhe fez
Do Bairro Alto, cá do alto 
Eu vi Lisboa a chorar
Deu sempre a volta
Pôs-me à solta 
E ensinou-me a cantar

O tempo corre
Mas a vida continua
Lisboa morre 
Por sair comigo à rua
Fez uma marcha a meu jeito
Vestiu-me a preceito
E cá vou eu a desfilar


Sou o Bairro Alto 
E olho sempre de alto
P'rás tristezas que Lisboa tem
Porque ela cantando
Vai-me preparando
Para o tempo novo que aí vem

O fado é meu pai
Lisboa é minha mãe
E um bom filho sai 
Conforme os pais que tem
Sou o Bairro Alto
Pronto a dar o salto
Para um tempo novo que aí vem

Nem quando foi 
Seu coração incendiado
Ou quando viu 
O Parque Mayer apagado
Do Bairro Alto, cá do alto
Eu vi Lisboa a chorar
Do que era pranto, fez um canto 
E ensinou-me a cantar

O tempo corre
É a marcha desta vida
Lisboa morre 
Por ver a sua avenida
Cheia de gente tão diferente
A ver-me tão contente
Por ela abaixo a desfilar