Repertório de Ana Pacheco
Depois que o canhão soou
E Lisboa vitoriou
A República tão bela
Numa avenida catita
Uma crioula bonita
Passava o tempo à janela
Genciana tropical
Do Brasil p’ra Portugal
Com o seu nome de flor
Da janela em que reinava
A todos enamorava
Desde o operário ao doutor
Mas a janela ansiada
Um dia apareceu fechada
Genciana não estava lá
Dizem que fugiu do frio
Que voltou para o seu Rio
Por feitiço de Orixá
Há gente que nesta hora
Sente saudades e chora
Junto àquela persiana
Um velhote que a amou
Ainda há pouco me falou
Nos encantos de Genciana