Repertório de Elsa Laboreiro
Vem daí ver as colinas
Onde dormem as varinas
Desta formosa Lisboa
Na madrugada suprema
Guardo versos de um poema
Que o fado do povo entoa
Vem daí ver os poetas
Esses famosos profetas
A rimar trovas ao vento
Nas vozes das cantadeiras
Andam saudades brejeiras
Trovas de amor e lamento
Foram-se embora
Os pregões da Madragoa
Já cá não mora a varina de Lisboa
Já cá não mora a varina de Lisboa
E agora o Tejo
Que anda sempre apaixonado
Até já canta outro fado
Vem daí p’ra ver se encontras
À venda por essas montras
Chinelinhas para os pés
Na lota já não há nada
Demoliram a bancada
Até já canta outro fado
Vem daí p’ra ver se encontras
À venda por essas montras
Chinelinhas para os pés
Na lota já não há nada
Demoliram a bancada
Foram todas para Algés