Repertório
de Manuel de Almeida
Meus olhos que por alguém
Deram lágrimas sem fim
Já não choram por ninguém
Basta que chorem por mim
Mosto
muito dos teus olhos
Ainda
mais gosto dos meus
Se
não fossem os meus olhos
Não
podia ver os teus
E
se o perdesse a luz
Por
ordem do próprio Deus
Ia
pedir a Jesus
Só
a luz dos olhos teus
Arrependidos
e olhando
A
vida como ela é
Meus
olhos vão conquistando
Mais
fadiga e menos fé
Choram
cheios d’amargura
Mas
se as coisas são assim
Chorar
alguém, que loucura
Basta
que chorem por mim