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As letras publicadas referem a fonte de extração, ou seja: nem sempre são mencionados os legítimos criadores dos temas aqui apresentados.
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Borda d’água dos meus olhos

Sebastião Mateus Arenque / Ferrer Trindade
Repertório de Dãna 
Letra sujeita a confirmação

Nas terras da borda d’água 
Cheias são mágoa, desolação 
Perdem-se bens e vidas 
Que deixam feridas no coração 
Mas se o sol sorri ardente 
Heróica gente ribatejana 
O seu pesar se amaina 
Lançam-se à faina com maior gana 

Refeitos os bens e os lares 
Que são manjares de mãos obreiras
Nas searas inquinadas 
Cantam ranchadas de mondadeiras
Avieiros na zavara
A pesca é cara, o rio a dá 
Lezíria de verde manto
Tamanho encanto igual não há 

Nas lavras e sementeiras
Crescem fogueiras, lindas, primores 
Nas campinas e arneiros 
Que são celeiros dos lavradores
Aproxima-se o suão
Desponta o grão entre praganas
Dá volta à apeiragem
A criadagem nas arribanas 

Maiorais do Ribatejo 
Que dão no Tejo beber ao gado
Fragata faz-se à maré
O arrais à ré trauteia um fado 
Os campinos bem montados 
E arrojados, lidam os toiros 
Na eira trigo dourado 
É debulhado nos calcadoiros