Valente Rocha / F. Coelho
Repertório de Francisco Martinho
A minha voz que viveu amargurada
Anos e anos, calada
Sem dizer o que sentia
A minha que nasceu para cantar
Tinha de silenciar
E se cantava mentia
A minha voz
Heróica sacrificada
Agora desamarrada
E com um gosto profundo
A minha voz
Quando me sai da garganta
Já é livre e quando canta
Não é p’ra mentir ao mundo
A minha voz, agora pode dizer
Que viveu a padecer
Tanta dor e crueldade
A minha voz
Quando me sai da garganta
Já é livre e quando canta
Tem mais força e liberdade