Desconheço se esta letra foi gravada.
Publico-a na esperança de obter informação credível
Transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Letra publicada no jornal Guitarra de Portugal de 27 de Dezembro de 1937
com a indicação de se destinar ao repertório de Alfredo Marceneiro
Trajava com tal aprumo
Que, endoidecido por ela
Eu julgava sempre vê-la
Nas espirais do meu fumo
No pequenito trejeito
Que ela dava ao seu olhar
Punha tal graça, tal jeito
Que eu sentia o próprio peito
Punha tal graça, tal jeito
Que eu sentia o próprio peito
Em ânsias de amor vibrar
Consegui falar-lhe um dia
Consegui falar-lhe um dia
Visitá-la várias vezes
E, por suprema alegria
Ao fim de um ano existia
E, por suprema alegria
Ao fim de um ano existia
Um garoto de três meses
Fiquei deveras contente
Fiquei deveras contente
Ao saber que esse gaiato
De rosto tão atraente
No dizer de toda a gente
De rosto tão atraente
No dizer de toda a gente
Era o meu vivo retrato
Ouvia, com certo espanto
Ouvia, com certo espanto
Afirmar a vizinhança
É lindo o pai e portanto
Tinha que ser um Encanto
É lindo o pai e portanto
Tinha que ser um Encanto
O rosto dessa criança
Hoje, a Lili, Deus do céu
Hoje, a Lili, Deus do céu
Ama três coisas sem par:
O marido, que sou eu
O garoto que à luz deu
O marido, que sou eu
O garoto que à luz deu
E o conchego do seu lar