Reportório
de Jorge César
Sou
ave que já não canta
Sou
fadista sem garganta
Tenho
fado nos meus dedos
Nos
momentos mais sofridos
Eu
sinto nos meus sentidos
Desvendar
os seus segredos
Nos
meus versos canto um fado
Neste
tom bem magoado
Com
tristonha melodia
E
na voz do coração
Eu
canto a solidão
A
saudade e nostalgia
No
meu fado há outros fados
Destinos
desencontrados
Amores,
desilusões
Retalho
de muitas vidas
Recordações
esquecidas
E
momentos de emoções
Quando
o meu fado acabar
Meus
dedos vão-se calar
No
silêncio bem profundo
Termina
a solidão
E
a voz do meu coração
Já
não canta neste mundo