Desconheço se esta letra foi gravada
Publico-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela
Academia da Guitarra e do Fado
A Rosa que há muito andava
Fazendo da noite dia
Numa vida desolada
No bairro onde morava
Toda a gente a conhecia
P’la Rosa da Madrugada
Uma noite em que as estrelas
No céu, a pátria da luz
A Rosa que há muito andava
Fazendo da noite dia
Numa vida desolada
No bairro onde morava
Toda a gente a conhecia
P’la Rosa da Madrugada
Uma noite em que as estrelas
No céu, a pátria da luz
Lembravam gotas de mel
A rosa, pelas vielas
Arrastava a sua cruz
A rosa, pelas vielas
Arrastava a sua cruz
Feita de pranto e de fel
Já exausta, então, parou
Junto ao portal, muito velho
Já exausta, então, parou
Junto ao portal, muito velho
Duma taberna qualquer
E, embevecida, escutou
O mais salutar conselho
E, embevecida, escutou
O mais salutar conselho
P’ra vida duma mulher
Revestida de amargura
Com a sua carne viva
Revestida de amargura
Com a sua carne viva
Presa à sorte que a abastarda
Seguiu p’la viela escura
Cabisbaixa, pensativa
Seguiu p’la viela escura
Cabisbaixa, pensativa
Direita à sua mansarda
E ao surgir a luz da aurora
Jurou, por alma dos pais
E ao surgir a luz da aurora
Jurou, por alma dos pais
Tornar-se mulher honrada
Saiu do bairro p’ra fora
E nem sombra se viu mais
Saiu do bairro p’ra fora
E nem sombra se viu mais
Da Rosa da Madrugada
Letra publicada no jornal Alma de Marialvas
(órgão de Os Marialvas de S. Cristóvão), número único, Julho de 1957
Letra publicada no jornal Alma de Marialvas
(órgão de Os Marialvas de S. Cristóvão), número único, Julho de 1957