Repertório de Manuel Barbosa
Nervosamente, assim, nervosamente
Cigarro após cigarro, sem cessar
Desenhava o teu rosto em minha mente
Com lágrimas perdidas do olhar
Nervosamente, assim, nervosamente
Um copo sempre cheio, p'ra beber
Não me matava a sede de ser gente
Mas aumentava a ânsia de te ver
Nervosamente, assim, nervosamente
Ia amargando o fel da solidão
Sentindo o teu amor perdidamente
Fugir-me, por entre os dedos da mão
A noite deu lugar à madrugada
E a fria realidade, num repente
Encontrou-me perdido no meu nada
Nervosamente, assim, nervosamente