Repertório de Joana Almeida
Foi num filme francês
Que eu te vi pela primeira vez
Rimava o teu sotaque, solto com a vida
E na segunda vez que eu te vi
Já falavas inglês
Mas nada se perdera, nada, nada ainda
E pulsava o peito mais e mais
E nunca se cansava, nunca era demais
E era infinito o meu amor por ti
Utopia que se perde a meio
E na terceira vez, sem te ver
Escrevi-te em português
Falei-te de Buarque, e chamei-te querido
E logo dessa vez, que te senti
Mas nada se perdera, nada, nada ainda
E pulsava o peito mais e mais
E nunca se cansava, nunca era demais
E era infinito o meu amor por ti
Utopia que se perde a meio
E na terceira vez, sem te ver
Escrevi-te em português
Falei-te de Buarque, e chamei-te querido
E logo dessa vez, que te senti
Apressado talvez
A fé perder-se um pouco
A fé perder-se um pouco
Mas sobrando ainda
E pulsava o peito mais e mais
E nunca se cansava nunca era demais
E era infinito o meu close-up em ti
Fantasia que ficava a meio
E à décima vez que te escrevi
Foi longe a insensatez
Pedi o anel de volta e chamei-te vadio
Pois nem um por uma vez tu respondeste
E tudo se desfez
E não havia fé já que restasse ainda
E pulsava o peito pouco, pouco
Quase que parava louco
E pulsava o peito mais e mais
E nunca se cansava nunca era demais
E era infinito o meu close-up em ti
Fantasia que ficava a meio
E à décima vez que te escrevi
Foi longe a insensatez
Pedi o anel de volta e chamei-te vadio
Pois nem um por uma vez tu respondeste
E tudo se desfez
E não havia fé já que restasse ainda
E pulsava o peito pouco, pouco
Quase que parava louco
Por se ver tão triste e só
Poesia que se rasga a meio
E pulsava o peito mais e mais
E nunca se cansava nunca era demais
E era infinito o meu amor por ti
Utopia que se perde a meio
Fúria que se arrasta, folha atrás de folha
Atéque nada fique p’ra contar a história
Nisto perco a glória
De sonhar-te só mais uma vez
Digo adeus à vida... um, dois, três
Poesia que se rasga a meio
E pulsava o peito mais e mais
E nunca se cansava nunca era demais
E era infinito o meu amor por ti
Utopia que se perde a meio
Fúria que se arrasta, folha atrás de folha
Atéque nada fique p’ra contar a história
Nisto perco a glória
De sonhar-te só mais uma vez
Digo adeus à vida... um, dois, três