Repertório da autora
Tens sempre na ponta da língua
Resposta p’ra tudo com teu ar certeiro
Tens esse grito que ecoa
E nunca magoa, porque é verdadeiro
Tens nas varinas a raça e no gingar a pirraça
Pois pode o tempo passar, serás sempre Lisboa
Ai, Lisboa... ai, tão bela
Tens a Graça por janela
De onde vejo
Tens nas varinas a raça e no gingar a pirraça
Pois pode o tempo passar, serás sempre Lisboa
Ai, Lisboa... ai, tão bela
Tens a Graça por janela
De onde vejo
O quanto tenho para amar
E vou correndo até ao rio
E vou correndo até ao rio
Pelo caminho beijo a Sé
Chego a Alfama em desvario
Chego a Alfama em desvario
Porque é maior a minha fé
Canto, canto, canto
Ao fado, a Lisboa, à minha vida
Tens esse jeito dos simples
Canto, canto, canto
Ao fado, a Lisboa, à minha vida
Tens esse jeito dos simples
Que à hora da janta cabe sempre mais um
E abres os braços aos outros
E abres os braços aos outros
Dizendo “são loucos” não é favor nenhum
E até das brigas de amor
E até das brigas de amor
Dizes que são o calor
Que te alimenta o sentir
Que te alimenta o sentir
Que te faz ser Lisboa
Ai, Lisboa.. ai, tão bela
Tens a Graça por janela
Que aos amantes
Ai, Lisboa.. ai, tão bela
Tens a Graça por janela
Que aos amantes
Dá motivo p’ra sonhar
Talvez a marcha já não passe
Talvez a marcha já não passe
E a boémia está esquecida
E haja mesmo quem arraste
E haja mesmo quem arraste
Esta Lisboa qual vencida
E eu canto, canto, canto
Ao fado, a Lisboa, à minha vida
Ao fado, a Lisboa, à minha vida