Repertório de Filomena Sousa
Nunca é bom retomar
O que atrás já está errado
Ou sequer fazer mais fado
Ou sequer fazer mais fado
Que não dá para cantar
Não adianta embalar
Não adianta embalar
Um berço que está vazio
Ou dar mais fio ao fio
Ou dar mais fio ao fio
Que se está a ensarilhar
Não ponhas na minha boca
A trama que eu desconfio
Nem dês mais volta à roca
Que podes partir o fio
Tece-tece e entretece
Mas não me teças a mim
Porque o que demais aquece
Chega sempre frio ao fim
A louça quando se parte
Não ponhas na minha boca
A trama que eu desconfio
Nem dês mais volta à roca
Que podes partir o fio
Tece-tece e entretece
Mas não me teças a mim
Porque o que demais aquece
Chega sempre frio ao fim
A louça quando se parte
Ou se perdem alguns cacos
Hoje em dia prós agrafos
Hoje em dia prós agrafos
já não há engenho e arte
De resto de parte a parte
De resto de parte a parte
Doa a dor o que doer
O melhor é desfazer
O melhor é desfazer
Do que errares-me e eu errar-te