Letra de João de Freitas / Música (?)
Repertório de Manuel dos Santos
Publicada no jornal Canção do Sul, em Dezembro de 1940
Contou-me uma velhinha a linda história
Que eu agora a vós todos vou contar
Pois ficou-me p’ra sempre na memória
E conta-a todo o povo do lugar
Num castelo feudal, há muitos anos
Morava uma riquíssima princesa
Sem conhecer da vida os desenganos
Dotada de bondade e de beleza
Um dia, num passeio matinal
Encontrou um humilde e bom pastor
E, no seu coração meigo e leal
Cupido pôs a seta do amor
Mas durou pouco a sua felicidade
Porque o rei, ao saber desse amor belo
Mandou prender o moço à sua herdade
Matando-o na masmorra do castelo
E a princesa, ao saber, não resistiu
Ao fim do seu amado, à sua sorte
Minada de saudades sucumbiu
Juntando-se ao pastor, além, na morte
E a velhinha no fim com singeleza
Diz que o povo afirma, em tom singelo
Que as almas do pastor e da princesa
Vivem eternamente no castelo