Repertório de Irene Oliveira
A minha sina é cantar
O fado pelas vielas
E ver abrir as janelas
E ver abrir as janelas
À noite de par em par
Ser fadista é o meu fado
Ser fadista é o meu fado
Vaguear de porta em porta
Dedilhar a horas mortas
Dedilhar a horas mortas
A guitarra em tom magoado
Mas que posso mais fazer
Tenho o destino marcado
Ser fadista é o meu fado
E fadista hei-de morrer
Com a guitarra a meu lado
A trinar em tom plangente
Vivo assim, vivo contente
Ser fadista é o meu fado
Às vezes penso em mudar
Mas que posso mais fazer
Tenho o destino marcado
Ser fadista é o meu fado
E fadista hei-de morrer
Com a guitarra a meu lado
A trinar em tom plangente
Vivo assim, vivo contente
Ser fadista é o meu fado
Às vezes penso em mudar
Em viver doutra maneira
Ao calor duma lareira
Ao calor duma lareira
Ou no sossego do lar
Não consigo, não atino
Não consigo, não atino
Logo que oiço uma guitarra
Volto prá vida de farra
Volto prá vida de farra
Pois é este o meu destino
Esta estrofe não foi gravada
Há quem diga com desdém
Que é tolice, que é loucura
Andar assim à procura
Do valor que o fado tem
Há quem diga com desdém
Que é tolice, que é loucura
Andar assim à procura
Do valor que o fado tem
Informação extraída do livro *Poetas do Fado Tradicional*
De Daniel Gouveia e Francisco Mendes
De Daniel Gouveia e Francisco Mendes