Vasco Lima Couto / António Chaínho
E o protesto do amor desanimado
Canto livre dos olhos sem passado
Em mil versos que o tempo não perdoa
Nas tavernas do vinho, em noite suja
Onde as praias da voz não se encontravam
As guitarras falavam da cidade
Nos versos desse vinho onde a saudade
Cantava a maldição dos que choravam
Todos amordaçavam editais
A adornecer os ricos deste mar
Que pagavam o fado com o seu nome
E fingiam não ver a cor da fome
En gerações sem tempo e sem lugar
Mas foram os poemas desse longe
Que ultrapassei, porque hoje me renovo
O tempo aberto e livre da canção
Do meu país chegado ao coração