Repertório de Angelo Freire
É de mim que estou sozinho
É da dor que me sustém
0lho e vejo terra gasta
0lho e não vejo ninguém
É da vida que hoje vivo
Vivo e sinto que não estou
E apenas sobrevivo
Acenando ao que restou
Vejo em ti a vida errante
Erva rasa de um jardim
Uma sombra tão gritante
Sei que amar não é p’ra mim
Tua imagem, meu irmão
Teus abraços arriscados
P'ra onde vai meu coração?
Nos teus passos apressados
Passos largos de deserto
Fujo, fraco e entristeço
Vejo a sombra em céu aberto
Porque assim não me conheço