Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Eu não sei por que razões
Sentimos em nossos peitos
Um peso enorme e profundo
São talvez os corações
Que pulsam insatisfeitos
Com as tristezas do mundo
Se vemos tanta amargura
Estampada nalguns rostos
Onde existe a dor sentida
Também lemos a tortura
Dos que escondem os desgostos
Também lemos a tortura
Dos que escondem os desgostos
Desta malfadada vida
Mulheres, crianças e velhos
Pelas ruas da cidade
Mulheres, crianças e velhos
Pelas ruas da cidade
Passam por nós a implorarem
Pelos Santos Evangelhos
Um pouco de caridade
Pelos Santos Evangelhos
Um pouco de caridade
P’ra suas dores minorarem
Mais além sorrindo passa
Um ranchinho de donzelas
Mais além sorrindo passa
Um ranchinho de donzelas
Que findaram seus afãs
Mais longe vê-se a desgraça
Flores que já foram belas
Mais longe vê-se a desgraça
Flores que já foram belas
Com lábios cor de romãs
E entre muita incoerência
Duma negra ingratidão
E entre muita incoerência
Duma negra ingratidão
Desta vida de amargor
Sofre a nossa inteligência
E quem tiver coração
Sofre a nossa inteligência
E quem tiver coração
Não resiste a tanta dor