Repertório de José Gonçalez
Eu tenho tanta pena
Que não possas ‘star comigo
Agora que o presente se desenha
Sobre o meu passado antigo
Eu tenho tanta pena
Dessas coisas do destino
Quando a história é a resenha
Dum homem que foi menino
Mas eu tenho é a vontade
De te poder dar a mão
Dar um murro na saudade
Dar um murro na saudade
Que me prende à solidão;
Quero abrir uma janela
Quero abrir uma janela
E deixar o sol entrar
E pintar uma aguarela
E pintar uma aguarela
Onde tu possas morar;
E depois dou-te umas asas
P’ra que tu possas voar
Eu tenho tanta pena
De não ‘stares aqui agora
Quando a vida me acena
Com os meus sonhos de outrora
Eu tenho tanta pena
De tudo o que já lá vai
Da tua voz amena
De poder chamar-te pai
E depois dou-te umas asas
P’ra que tu possas voar
Eu tenho tanta pena
De não ‘stares aqui agora
Quando a vida me acena
Com os meus sonhos de outrora
Eu tenho tanta pena
De tudo o que já lá vai
Da tua voz amena
De poder chamar-te pai