Repertório de António Severino
Às vezes, em sonho triste
Nos meus desejos existe
Longinquamente um país
Onde ser feliz consiste
Onde ser feliz consiste
Apenas em ser feliz
Vive-se como se nasce
Vive-se como se nasce
Sem o querer nem saber
Nessa ilusão de viver
Nessa ilusão de viver
O tempo morre e renasce
Sem que o sintamos correr
O sentir e o desejar
Sem que o sintamos correr
O sentir e o desejar
O sentir e o desejar
São banidos dessa terra
O amor não é amor
São banidos dessa terra
O amor não é amor
Nesse país por onde erra
Meu longínquo divagar
Nem se sonha nem se vive
Nem se sonha nem se vive
Meu longínquo divagar
Nem se sonha nem se vive
Nem se sonha nem se vive
É uma infância sem fim
Parece que se revive
Tão suave é viver assim
Parece que se revive
Tão suave é viver assim
Nesse impossível jardim