Antero de Quental / Jorge Fernando
Repertório de Jorge Fernando
Esse negro corcel, cujas passadas
Escuto em sonhos quando a sombra desce
E, passando o galope me aparece
Da noite, nas fantásticas estradas
Donde vem ele?
Que regiões sagradas e terríveis cruzou
Que assim parece
Tenebroso e sublime e lhe estremece
Não sei que horror nas crinas agitadas
Um cavaleiro de expressão potente
Formidável, mas plácido no porte
Vestido de armadura refulgente
Cavalga a fera estranha sem temor
E o coral negro diz: Eu sou a morte!
Responde o cavaleiro: Eu sou amor!