Carlos Conde
/ Alfredo Duarte *fado cravo*
Repertório
de Alfredo Marceneiro
Este poema está publicado no livro de Carlos Conde
Este poema está publicado no livro de Carlos Conde
com o título *Saudades*
É sempre tristonha e ingrata
Que se torna
a despedida
De quem
temos amizade
Mas se a
saudade nos mata
Eu quero ter
muita vida
Para morrer
de saudade
Dizem que a
saudade fere
Que importa?
quem for prudente
Chora vivendo encantado
É bom que a
saudade impere
Para termos
no presente
Recordações do passado
É certo que
se resiste
À saudade
mais austera
Que à ternura nos renega
Mas não há
nada mais triste
Que andar-se
uma vida à espera
Dum dia que nunca chega
Só
lembranças, ansiedades
O meu coração contém
Tornando-me
a vida assim
Por serem
tantas as saudades
Eu dou saudades a alguém
P’ra ter
saudades de mim
Esta última
sextilha consta do poema original
É pobre a
filosofia
Daquele que
neste mundo
Nem uma saudade inspira
Só nela vê
fantasia
Pois num
desprezo profundo
Diz que a saudade é mentira