Repertório de Alberto Ribeiro
Letra publicada no jornal Canção do Sul em Janeiro de 1939
com dedicatória ao poeta e grande amigo Norberto Ferreira
Bateu a meia-noite; é mais um ano
Que acabou o seu reinado, e outro vem
Trazendo felicidade ou desengano
Como fiel amor esperando alguém
Bateu a meia-noite: é manifesta
A alegria ruidosa de momentos
Há copos tilintando, reina a festa
Todos querem esconder os seus tormentos
Bateu a meia-noite e p’la cidade
Apitos estridentes vão soando
Trocam-se longos beijos de saudade
Enquanto o ano novo vai chegando
Bateu a meia-noite: há restaurantes
Cheios até à porta num delírio
Há canções de alegria, delirantes
Todos querem esquecer o seu martírio
Passou a meia-noite: é como um sonho
Que toda a gente tem: depressa passa
Pois o ano que vem nunca é risonho
P’ra quem tiver na vida só desgraça
Bateu a meia-noite; é mais um ano
Que acabou o seu reinado, e outro vem
Trazendo felicidade ou desengano
Como fiel amor esperando alguém
Bateu a meia-noite: é manifesta
A alegria ruidosa de momentos
Há copos tilintando, reina a festa
Todos querem esconder os seus tormentos
Bateu a meia-noite e p’la cidade
Apitos estridentes vão soando
Trocam-se longos beijos de saudade
Enquanto o ano novo vai chegando
Bateu a meia-noite: há restaurantes
Cheios até à porta num delírio
Há canções de alegria, delirantes
Todos querem esquecer o seu martírio
Passou a meia-noite: é como um sonho
Que toda a gente tem: depressa passa
Pois o ano que vem nunca é risonho
P’ra quem tiver na vida só desgraça