Repertório de Ana Margarida Prado
Não pedi contas à vida
Não sei o que ela me quer
Pois a rosa prometida
Nasce onde tem de nascer
Rosa brava não tem sina
É filha da terra mãe;
Tem a folha pequenina
O dom que ninguém destina
É mais livre que ninguém
Não pedi contas à vida
Não pedi para nascer
Sou como a rosa nascida
Canto porque tem de ser
Quem me colhe pela mão
Só me dei, só me quis dar;
Pois qualquer rosa em botão
Sabe que o seu coração
Bate melhor a cantar
Não há fado que me prenda
Não sou prenda de ninguém
Ser livre tem uma renda
Que só pago à terra mãe
Rosa brava me fizeram
Os que mais gostam de mim;
Canto o fado que colheram
Aos que no fado nasceram
Porque tem de ser assim
Não pedi para nascer
Sou como a rosa nascida
Canto porque tem de ser
Quem me colhe pela mão
Só me dei, só me quis dar;
Pois qualquer rosa em botão
Sabe que o seu coração
Bate melhor a cantar
Não há fado que me prenda
Não sou prenda de ninguém
Ser livre tem uma renda
Que só pago à terra mãe
Rosa brava me fizeram
Os que mais gostam de mim;
Canto o fado que colheram
Aos que no fado nasceram
Porque tem de ser assim