Repertório de Zé Carvalho
Meu corpo, nascido e criado no Porto
Podia ter sido um aborto, não foi
Meu corpo, com esta cabeça de esperto
Não é camelo do deserto, já foi
Teus olhos, são memórias de agonia
Das praias com porcaria, que eu vejo
Meus olhos são apenas um tesouro
Quando fito o Rio Douro, e o Tejo
Quando partes de casa, nunca levas
A mala toda partida
Podia ter sido um aborto, não foi
Meu corpo, com esta cabeça de esperto
Não é camelo do deserto, já foi
Teus olhos, são memórias de agonia
Das praias com porcaria, que eu vejo
Meus olhos são apenas um tesouro
Quando fito o Rio Douro, e o Tejo
Quando partes de casa, nunca levas
A mala toda partida
E as amarras que me pões
Não vou ficar práqui, assim anjinho
Vou escacar-te o focinho
Não vou ficar práqui, assim anjinho
Vou escacar-te o focinho
Vai chatear o Camões
Não sei, se é orgulho que tu tens
Quando p'ra casa não vens, que giro
Mas sei que és pior que uma cobra
Se voltares co'a minha sogra
Não sei, se é orgulho que tu tens
Quando p'ra casa não vens, que giro
Mas sei que és pior que uma cobra
Se voltares co'a minha sogra
Dou-vos um tiro
Sózinho, no meu maple tão fofinho
Sem o respirar do teu focinho, no meu
Se ouvires um bombo e uns ferrinhos
A tocar os passarinhos, sou eu
Sou eu de cabelo escangalhado
Todo frick e já pedrado, sou eu
Sou eu, na raiz do folclore
No rock sou o maior, ó meu!
Sózinho, no meu maple tão fofinho
Sem o respirar do teu focinho, no meu
Se ouvires um bombo e uns ferrinhos
A tocar os passarinhos, sou eu
Sou eu de cabelo escangalhado
Todo frick e já pedrado, sou eu
Sou eu, na raiz do folclore
No rock sou o maior, ó meu!