Vasco Lima Couto / Ferrer Trindade
Repertório de Fernanda Batista
Vem a noite
Com montras que já não sonham
A passagem distraída
E onde se morre a cantar
As impromessas da vida
Vem a hora
De atormentar o silêncio
Da palavra que se reza
Às luzes da meia altura
Que iluminam a voz presa
Porque a rua
A passagem distraída
E onde se morre a cantar
As impromessas da vida
Vem a hora
De atormentar o silêncio
Da palavra que se reza
Às luzes da meia altura
Que iluminam a voz presa
Porque a rua
Quando compra devagar
Insinua
Insinua
Um Deus que tarda a chegar
Um Deus morto
Um Deus morto
No amor que não se entrega
Que é o porto
Que é o porto
Da loucura quando é cega
Vem o sonho
Que estende um tapete frio
De sombras, à solidão
Para que a chuva dos olhos
Não teça riscos no chão
É o momento
Em que se analisa o vento
Como quem sai de uma gruta
E abre em nós o peito à espera
Vem o sonho
Que estende um tapete frio
De sombras, à solidão
Para que a chuva dos olhos
Não teça riscos no chão
É o momento
Em que se analisa o vento
Como quem sai de uma gruta
E abre em nós o peito à espera
Do amanhã de outra luta