Canal de JOSÉ FERNANDES CASTRO apadrinhado pelo mestre RODRIGO

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AS LETRAS PUBLICADAS REFEREM A FONTE DE EXTRAÇÃO, OU SEJA: NEM SEMPRE SÃO MENCIONADOS OS LEGÍTIMOS CRIADORES
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ATINGIDO ESTE VALOR // QUE ME FAZ SENTIR HONRADO // CONTINUO, COM AMOR // A SER SERVIDOR DO FADO - - -
POIS MESMO DESAGRADANDO // A TROIANOS MALDIZENTES // OS GREGOS VÃO APOIANDO // E VÃO FICANDO CONTENTES
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Quadro realista

Letra de Gabriel de Oliveira
Letra do arquivo de Francisco Mendes, com a indicação 
de pertencer ao repertório de Júlio Proença.
Desconheço se esta letra foi gravada.
Publico-a na esperança de obter informação credivel.

Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado

Três horas da madrugada
Na Mouraria deserta
Não aparece ninguém
Somente uma desgraçada
Tendo a meia porta aberta
Ainda espera por alguém

Com as lágrimas no rosto
Essa infeliz relembrava / O triste destino seu
Minada pelo desgosto
Muito baixinho rezava / Pela mãe que lhe morreu

Nisto, ouviu-se na viela
Um assobio prolongado / Lembrando um eco distante
Tremeu todo o corpo dela
Era o sinal combinado / Do rufia, seu amante

Já não pensa na desdita
A vida pouco lhe importa / Junto do seu companheiro
Corre a cortina de chita
Guarda a velha meia porta / E retira o candeeiro

Provocante, a gingar
Presumindo ter ciúme / O rufia aproximou-se
E ao entrar no lupanar
Ouviu-se um grito, um queixume / E a meia porta fechou-se

Este quadro tão fadista
Sem nenhuma fantasia / Da minha imaginação
Tem o cunho realista
Passou-se na Mouraria / Em tempos que já lá vão