Artur Ribeiro /
Nóbrega e Sousa
Repertório de Carlos Ramos
Lisboa tem o ar feliz de uma varina
E o vai-vem de uma canção em cada esquina
Pelos mercados fresca e gaiata
Faz zaragata, perde a tonta cabecita;
Faz zaragata, perde a tonta cabecita;
Aqui e ali namora e ri e sem vaidade
Veste de chita, canta o fado e tem saudade
Lisboa é sempre Lisboa
Dos becos e das vielas
E das casinhas singelas
D’Alfama e da Madragoa
Dos namorados nas janelas
Das marchas que o povo entoa
Da velha Sé, das procissões, e da fé
Das marchas que o povo entoa
Da velha Sé, das procissões, e da fé
Com
seus pregões
Lisboa é sempre Lisboa
Pela manhã, vai trabalhar toda garrida
De tarde ao chá, Lisboa ri cheia de vida
Mas à noitinha, olhos rasgados
Semi-cerrados na oração mais bizarra;
Pela manhã, vai trabalhar toda garrida
De tarde ao chá, Lisboa ri cheia de vida
Mas à noitinha, olhos rasgados
Semi-cerrados na oração mais bizarra;
Lisboa então só coração d’alma elevada
Presa à guitarra, canta até de madrugada