Repertório tradicional de Coimbra
Álvaro Cabral compôs este trecho, letra e música, por volta 1914. De referir que Edmundo Bettencourt o gravou em 1928.
Informação de Francisco Mendes e Daniel Gouveia
Livro *Poetas Populares do Fado-Canção*
Livro *Poetas Populares do Fado-Canção*
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Dos amores do Redentor
Não reza a história sagrada
Mas diz uma lenda encantada
Que o Bom Jesus sofreu de amor
Sofreu consigo e calou
Sua paixão divinal
Assim como qualquer mortal
Um dia, de amor palpitou
Samaritana
Não reza a história sagrada
Mas diz uma lenda encantada
Que o Bom Jesus sofreu de amor
Sofreu consigo e calou
Sua paixão divinal
Assim como qualquer mortal
Um dia, de amor palpitou
Samaritana
Plebeia de Sicar
Alguém espreitando
Te viu Jesus beijar
De tarde quando
De tarde quando
Foste encontrá-lo só
Morto de sede
Morto de sede
Junto à fonte de Jacob
E tu risonha acolheste
O beijo que te encantou
Serena empalideceste
E Jesus Cristo corou
Corou, por ver quanto luz
Irradiava da sua fronte
Quando disseste; Meu Jesus
Que bem eu fiz Senhor, em vir à fonte
E tu risonha acolheste
O beijo que te encantou
Serena empalideceste
E Jesus Cristo corou
Corou, por ver quanto luz
Irradiava da sua fronte
Quando disseste; Meu Jesus
Que bem eu fiz Senhor, em vir à fonte
Atualmente, é muito raro cantar-se esta letra completa
*suprimem-se as estrofes seguintes*
Fitando o azul celeste
Jesus seguiu a jornada
Após o beijo que lhe deste
Após o beijo que lhe deste
N’aquela hora abençoada
E a jovem Samaritana
E a jovem Samaritana
De lindo rosto moreno
Como mulher sentiu-se ufana
Como mulher sentiu-se ufana
Por ter beijado o Nazareno
Mais tarde da Galileia
Mais tarde da Galileia
Seguida de fariseus
Entravas pela Judeia
Entravas pela Judeia
Perdida d’amor por Deus
Dando gritos lancinantes
Dando gritos lancinantes
Suplicavas morte na cruz
No mesmo lenho em que horas antes
No mesmo lenho em que horas antes
Bebendo fel, morrera o teu Jesus