Letra de Jorge Rosa
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
P’ra quê teimar na crença deste amor
P’ra quê lutar co’a força da corrente
O afecto que nos une é bem menor
Àquele que precisamos realmente
Persiste entre nós dois um louco engano
Preside uma ilusão à nossa estima
Somos estações diferentes dum só ano
Somos versos dum fado que não rima
Nunca por nunca ser a noite e o dia
Conseguiram viver à mesma hora
Sou triste como a noite mais sombria
E tu mais sorridente que uma aurora
P’ra quê buscar alento onde não arde
Uma chama sequer p’ra dar calor
É melhor desistir, pois faz-se tarde
E semente tardia não dá flor