Repertório de Carlos do Carmo
No lado esquerdo do peito
Tens uma rosa de lume
E na cama que me deito
Sinto sempre o seu perfume;
E ao seu perfume me ajeito
Como se fora um costume
Sem que não posso passar
No lado esquerdo do peito
Tens uma rosa de lume
No lado esquerdo do peito
Tens uma rosa de mar
E tens também no direito
Como se fora um só lado
E assim te tenho no peito
Assim no peito te trago;
Como um vendaval desfeito
Como um barquinho no lago
Como uma princesa sem jeito
Num reino despassarado;
Como um fado sem queixume
Que ando sempre a cantar