Repertório de Carlos do Carmo
Namorados da cidade
À beira-Tejo assentados
A dormir na Madragoa
A dormir na Madragoa
Namorados de Lisboa
Num mirante deslumbrados;
Num mirante deslumbrados;
À beira-verde acordados
Namorados de Lisboa
Ao domingo, uma cerveja
Namorados de Lisboa
Ao domingo, uma cerveja
Uma pevide salgada
Uma boca que se beija
Uma boca que se beija
E que nos sabe a cereja
A miséria adocicada;
A miséria adocicada;
À beira-mar plantada
Namorados de Lisboa
Sempre sempre apaixonados
Namorados de Lisboa
Sempre sempre apaixonados
Mesmo que a tristeza doa
Namorados de Lisboa
Namorados de Lisboa
Namorados de Lisboa
Namorados de Lisboa
Na cadeira de um cinema
Onde as mãos andam à toa
Onde as mãos andam à toa
À procura dum poema
Namorados de Lisboa;
Que o mistério não desvenda
Namorados de Lisboa;
Que o mistério não desvenda
Até que o escuro se acenda
Namorados de Lisboa
Namorados de Lisboa
A apertar num vão de escada
O prazer que nos magoa
O prazer que nos magoa
E depois não sabe a nada
Namorados de Lisboa;
Namorados de Lisboa;
A morar num vão de escada
Namorados de Lisboa
Sempre sempre apaixonados
Namorados de Lisboa
Sempre sempre apaixonados
Mesmo que a tristeza doa
Namorados de Lisboa
Namorados de Lisboa