Letra de Artur Ribeiro
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Eu quis calar os meus fados
E os versos magoados
Que andaram na minha voz
Mas ninguém pode calar
Este anseio de cantar
Que grita dentro de nós
Eu quis calar este jeito
Que trago dentro do peito
Calar o meu coração
Mas ninguém pode fazer
O próprio sonho ceder
Ceder à voz da razão
Quis renegar meu destino
Negar o poder divino
Da minha sina sagrada
Mas acabei por cerrar
Meus olhos para cantar
E fui atrás da guitarra
Meus olhos negros e tristes
Olhos onde tu existes
Duma maneira tão louca
São menos tristes agora
Agora que outra vez mora
O fado na minha boca