Repertório de Vasco Rafael
No minuto que nos derem aqueles
que fecham janelas
Os meus dedos no teu rosto farão
desenhos de amor
E os caminhos que fizerem omeus
lábios no teu corpo
Terão, da ternura, o gosto e a
força que vem da dor
Um minuto é quanto quero para que
possa tocar-te
Como quem descobre a casa onde
sempre quis viver
Com a sede e o desespero de ser
gente, e dar por isso
E a fúria, quase brasa, de não
querermos morrer
É preciso ter coragem
P’ra enlouquecer devagar
Na saudade adivinhada
Da saudade que nos tomem
Vamos sair de viagem
Meu amor, por um minuto
Que é o tempo que a madrugada
Leva a ser mulher e homem