Repertório de Paulo de Carvalho
Minha mesa no café
Quero-lhe tanto... a garrida
Toda de pedra brunida
Toda de pedra brunida
Que linda e que fresca é
Sobre ela posso escrever
Sobre ela posso escrever
Os meus versos prateados
Com estranheza dos criados
Com estranheza dos criados
Que me olham sem perceber
Que história de oiro tão bela
Na minha vida abortou
Eu fui herói de novela
Que autor nenhum empregou
Sobre ela estendo os braços
Que história de oiro tão bela
Na minha vida abortou
Eu fui herói de novela
Que autor nenhum empregou
Sobre ela estendo os braços
Numa atitude alheada
Buscando pelo ar os traços
Buscando pelo ar os traços
Da minha vida passada
Um novo freguês que entra
Um novo freguês que entra
É novo actor no tablado
Que o meu olhar fatigado
Que o meu olhar fatigado
Nele outro enredo concentra
Nos cafés espero a vida
Nos cafés espero a vida
Que nunca vem ter comigo
Não me faz nenhum castigo
Não me faz nenhum castigo
Que o tempo passe em corrida
Passar tempo é o meu fito
Passar tempo é o meu fito
Ideal que só me resta
P’ra mim não há melhor festa
Nem mais nada acho bonito