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As letras publicadas referem a fonte de extração, ou seja: nem sempre são mencionados os legítimos criadores dos temas aqui apresentados.
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Mesa no café

Mário de Sá Carneiro / Mário Mata
Repertório de Paulo de Carvalho

Minha mesa no café 
Quero-lhe tanto... a garrida
Toda de pedra brunida 
Que linda e que fresca é

Sobre ela posso escrever 
Os meus versos prateados
Com estranheza dos criados 
Que me olham sem perceber

Que história de oiro tão bela
Na minha vida abortou
Eu fui herói de novela
Que autor nenhum empregou

Sobre ela estendo os braços 
Numa atitude alheada
Buscando pelo ar os traços 
Da minha vida passada

Um novo freguês que entra 
É novo actor no tablado
Que o meu olhar fatigado
Nele outro enredo concentra

Nos cafés espero a vida 
Que nunca vem ter comigo
Não me faz nenhum castigo 
Que o tempo passe em corrida

Passar tempo é o meu fito 
Ideal que só me resta
P’ra mim não há melhor festa 
Nem mais nada acho bonito