Henrique
Rego / última estrofe de Linhares Barbosa / Popular *fado menor*
Dueto
de Alfredo Marceneiro e Alfredo Duarte Jnr
Amar
demais é doidice
Amar
de menos maldade
Rosto
enrugado é velhice
Cabelo
branco é saudade
Saudades
são pombas mansas
A quem nós damos guarida
Paraíso
de lembranças
Da mocidade perdida
Se
a neve cai ao de leve
Sem mesmo haver tempestade
O
cabelo cor da neve
Às vezes não é da idade
Pior
que o tempo em nos pôr
A cabeça encanecida
São
as loucuras de amor
São os desgostos da vida
Para
o passado não olhes
Quando chegares a velhinho
Porque
é tarde, já não podes
Voltar atrás ao caminho
É
como a lenha queimada
Dos velhos, o coração
As
cinzas são as saudades
Dos tempos que já lá vão
Linhares Barbosa
É
tão bom ser pequenino
Ter
pai, ter mãe, ter avós
Ter
esperança no destino
E
ter quem goste de nós