Desconheço se esta letra foi gravada
Publico-a na esperança de obter informação credível
Transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Dedicada a Júlio Duarte e publicada no jornal Guitarra de Portugal em 1937
Foi um pequeno balão
De papel, branco de neve
Que deitei, por minha mão
Em noite de S. João
Ao sabor do vento leve
Tranquilamente, no ar
Sob estrelado dossel
Embebido de luar
Embebido de luar
Era uma estrela a brilhar
Esse balão de papel
Uma voz das mais eleitas
Uma voz das mais eleitas
Segredou-me ao coração
Porque é que ao espaço não deitas
As ilusões já desfeitas
Porque é que ao espaço não deitas
As ilusões já desfeitas
Como deitaste o balão?
A custo contive o pranto
A custo contive o pranto
Que inundava os olhos meus
E contemplei com encanto
Na noite daquele santo
E contemplei com encanto
Na noite daquele santo
O balão subindo aos céus
Ilusões, flores colhidas
Ilusões, flores colhidas
No jardim da mocidade
Que fenecem, ressequidas
Quando vemos nossas vidas
Que fenecem, ressequidas
Quando vemos nossas vidas
Com os olhos da verdade