Repertório de Ercília Costa
Letra publicada no jornal Canção do Sul em Dezembro de 1938
e no mesmo jornal em 1943 com o título *Partida* e dedicada
ao conceituado jornalista Alberto de Freitas
É tão custoso partir
Desta terra tão Formosa
De rara beleza
Que a gente finge sorrir
E uma lágrima teimosa
Que a gente finge sorrir
E uma lágrima teimosa
Desvenda a tristeza
O barco parte, desliza
O barco parte, desliza
Há corações a sangrar
Seu apitar simboliza
Seu apitar simboliza
Um adeus até voltar
Parte um vapor
Para terras bem distantes
E há sempre dor
Nos rostos dos viajantes
Uns sem ventura
E muitos contra vontade
Vão conhecer a amargura
Dessa palavra saudade
Vê-se lenços acenando
Nas horas da despedida
Parte um vapor
Para terras bem distantes
E há sempre dor
Nos rostos dos viajantes
Uns sem ventura
E muitos contra vontade
Vão conhecer a amargura
Dessa palavra saudade
Vê-se lenços acenando
Nas horas da despedida
Ao longo do cais
E o vapor leva, marchando
Muita lágrima sentida
E o vapor leva, marchando
Muita lágrima sentida
Dos que sentem mais
Partir é sempre tristonho
Partir é sempre tristonho
P’ra quem tiver sentimento
E aniquila tanto sonho
E aniquila tanto sonho
Que morre nesse momento