Repertório de Sara Paixão
Não sei falar do fado garrido, inebriante
Errante como a gente, o fado é inconstante
Não é coisa que digo, o fado é o que dou
Caminho aonde sigo, no fado é que eu sou
O fado incessante, não é velho nem novo
Renasce a cada instante nas veias do seu povo
Renasce na beleza, na força da verdade
No riso ou na tristeza e na cumplicidade
Se o fado nos invade, quão fácil é senti-lo
Difícil na verdade, é saber defini-lo
Talvez forma de vida, ou estranho pensamento
Da alma dolorida em busca de alimento
Será a fantasia, a dura realidade?
Canção, melancolia, silêncio ou saudade
Vive na alma da gente, o fado não se diz
Tristeza também sente quem teima ser feliz