Repertório
de Amália Rodrigues
Nessa
janela de águas furtadas
Há trepadeiras entrelaçadas
E dentro delas lá está Lisboa
Olhando o Tejo no altar da Madragoa
Mas à noitinha, está combinado
Andar sozinha com o seu fado
Se desce à rua já não se importa
Que até a lua veja o fado à sua porta
Dizem que o Tejo
Há trepadeiras entrelaçadas
E dentro delas lá está Lisboa
Olhando o Tejo no altar da Madragoa
Mas à noitinha, está combinado
Andar sozinha com o seu fado
Se desce à rua já não se importa
Que até a lua veja o fado à sua porta
Dizem que o Tejo
É teu namorado
E todos sabemos
Que és noiva do fado
Mas não te cases
Com um só depois
O melhor que fazes
É namorar com os dois
Neste noivado entre vizinhos
Não há pecado, pois são velhinhos
Mas tu Lisboa toda te enfeitas
E eu até vejo os olhares que lhe deitas
Tens um costume que eu tanto invejo
Fazer ciúme ao pobre Tejo
Quando apareces com o teu fado
Nunca te esqueces de levar xaile franjado