Repertório de Teresa Tarouca
Ó pobre pátria trigueira
Dás filhos como dás flores
Nossa Senhora das Dores
A chorar a vida inteira
Dás filhos a todo o mundo
Como um tronco sem raíz
Mãe das mães que perdem tudo
E morrem no seu país
Ó pobre pátria trigueira
Mãe da dor e da tristeza
Separada pela fronteira
Separada pela fronteira
Da nossa grande pobreza
Com boca que ninguém beija
Com boca que ninguém beija
E a tua mesa vazia
Longe de quem te deseja
Longe de quem te deseja
Envelheces dia a dia
Ó pobre pátria trigueira
Quando abraçarás teus filhos
Que andam p’lo mundo perdidos
A chorar a vida inteira
Lá vão ao sabor das águas
Em barquinhos de papel
Com o mar à pele das mágoas
E ao sol que lhes cresta a pele
Ó pobre pátria trigueira
Quando abraçarás teus filhos
Que andam p’lo mundo perdidos
A chorar a vida inteira
Lá vão ao sabor das águas
Em barquinhos de papel
Com o mar à pele das mágoas
E ao sol que lhes cresta a pele