Repertório de Hortense Luz
Firme na sela, sempre ladino
Não há figura mais portuguesa
Nem com mais alma que a do campino
Todo bravura, garbo e destreza
Mostra ternura ver o seu gado
Dando-lhe nomes de certo cunho
E se algum toiro vai tresmalhado
Consegue impor-se, de vara em punho
Boi de má raça
Demos-te a calma e raio de castigo
É “Vergado”!... É lá “Caraça”!
Tens aqui homem, brinca comigo
P’ra dar nas vistas dos buscantes
Todo o campino, quer novo ou velho
Veste-se sempre de cores berrantes
Com seu barrete verde e vermelho
E na lezíria, nunca temente
Daqueles brutos que anda guardando
Fala com eles, de frente-a-frente
Bravo e castiço, rindo e gritando