Clemente Pereira / António Chaínho *alexandrino
Repertório de Manuel de Almeida
Aquele nosso quarto onde fomos amantes
E a palavra paixão na tua boca ouvi
É hje a catedral de lembranças constantes
Em profundo silêncio, a falarem de ti
O relógio parado a marcar a marcar um desdém
Aquela hora hora exacta em que te foste embora
Duas cartas d’amor a recordar também
Que a mentita vivia à espera dessa hora
Não julgues ter perdão a tua falsidade
Porque se eu te segui na estrada que caminhas
Será p’ra te falar apenas de saudade
Quando um dia também tiveres saudades minhas