Repertório
de Celeste Rodrigues
Praia
de outono desfigurada
Pela
mordaça das marés vivas
Praia
de outono transfigurada
Pela
ameaça de alguém que partiu
Aquele amor sob o furor do mar
Já começou a declinar
Tenho medo
Nem eu sei de quê
A noite vem tão cedo
Praia de outono ninguém nos vê
Em
ti a bruma, em mim ciúme
Vão-nos
levando a nós como as marés
Não
se vislumbra esperança nenhuma
De
alguém saber quem sou nem quem tu és