Versão do repertório de Manuel Cardoso de Menezes
Informação de Francisco Mendes e Daniel Gouveia
Livro *Poetas Populares do Fado-Tradicional*
Livro *Poetas Populares do Fado-Tradicional*
Dolente, calma, doirada
E tem começo a toirada
E tem começo a toirada
Na praça monumental
No camarote real
No camarote real
Há dos Braganças, a flor
E nos outros em redor
E nos outros em redor
Mulheres, lindos tesoiros
Enfim, é tarde de toiros
Com todo o seu esplendor
Instante supremo e belo
Enfim, é tarde de toiros
Com todo o seu esplendor
Instante supremo e belo
Entra na arena Fernando
Que garboso, cavalgando
Que garboso, cavalgando
Cita um toiro de Castelo
Trava-se cruento duelo
Trava-se cruento duelo
A fera rápida insiste
A montada não resiste
A montada não resiste
A esse choque brutal
Só o sol, a cena tal
Alheio, impávido assiste
Ecoa no espaço um brado
Só o sol, a cena tal
Alheio, impávido assiste
Ecoa no espaço um brado
Tremendo da multidão
Capotes rojam no chão
Capotes rojam no chão
Anseio desesperado
Mas todo o esforço é baldado
Mas todo o esforço é baldado
Ei-lo à morte prisioneiro
Brotam pranto verdadeiro
Brotam pranto verdadeiro
Olhos que amar o fitaram;
Pois duas mulheres choraram
A morte do cavaleiro
Pois duas mulheres choraram
A morte do cavaleiro