Publicada no jornal “Guitarra de Portugal” em Outubro de 1945
Desconheço se esta letra foi gravada.
Publico-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Podes-me dar por castigo
Que te não torne a escrever
Mas que não sonhe contigo
Isso não podes fazer
O teu desdém, o teu ódio
Desconheço se esta letra foi gravada.
Publico-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Podes-me dar por castigo
Que te não torne a escrever
Mas que não sonhe contigo
Isso não podes fazer
O teu desdém, o teu ódio
Obriga-me a respeitá-los
Acaba o teu episódio
Faz dos meus olhos vassalos
Se te apraz, vem arrancá-los
Podes ser cruel comigo
Não me poupes ao perigo
De te adorar cegamente
Tudo o que é mau, finalmente
Podes-me dar por castigo
Podes-me dar por castigo
Condena o meu coração
Ao mais servil dos desterros
Não tenhas comiseração
Quero pagar os meus erros
Põe os meus braços a ferros
A minha alma a sofrer
Aniquila-me o prazer
De te ver, de te falar
Que te não vá procurar
Que te não torne a escrever
Nada na vida me influi
Que te não torne a escrever
Nada na vida me influi
Tudo na vida me cansa
Não sou nada do que fui
Porque fui sempre criança
Ai, de quem jamais alcança
Um peito leal, amigo
Como um feroz inimigo
Impões-me como barreira
Que sonhe em tudo o que queira
Mas que não sonhe contigo
Não t'imponhas aos meu sonhos
Mas que não sonhe contigo
Não t'imponhas aos meu sonhos
Nem tão pouco aos pensamentos
Sejam tristes ou risonhos
Não são teus esses momentos;
Que evitar de sofrimentos
Que evitar de sofrimentos
Se os pudesses desfazer
Podes-me até convencer
Podes-me até convencer
Que te não torne a olhar;
Que deixe de em ti sonhar
Isso não podes fazer
Que deixe de em ti sonhar
Isso não podes fazer