A noite estranha aguarela
Desenha-me a voz num fado
Verso alado, emoldurado,
Posto em minha alma à janela
Aflitos, infinitos / De tanto amor sem pernoite
Nesta garganta um gemido
Quase perdido, sumido / Que se estende toda noite
Pela emoção, pla paixão / Que dentro em mim te represa
Como é possível gostares
De m’empurrares, obrigares / A cantar quem me despreza
Os amores e desamores / Mas a vida é deste jeito
Se tanto demora é hora / De pôr, outro amor no peito