Do Livro *Vá de roda* 1938
Versos transcritos do livro editado pela
Academia da Guitarra e do Fado
Comparo o amor à candeia
Que me alumia ao serão
Tenho de estar volta e meia
A espevitar-lhe o morrão
Menina, veja o que faz
Desprezar-me, acho tolice
Olhe que eu sou bom rapaz
E aquilo que disse, disse
Sempre que passo à tardinha
Deixa-te estar à janela
Olha que a tua vizinha
Julga que o caso é com ela
Nunca tens um pensamento
Varias de tal maneira
Que, par a par com o vento
Levavas-lhe a dianteira
A quadra de pé-quebrado
Rima de um modo qualquer
Marido bem comportado
Só rima com a mulher
No amor a justa medida
É, de tudo, o principal
Nem muito sal na comida
Nem a comida sem sal
Mentes com tanta leveza
E tanta sinceridade
Que até coras de surpresa
Se acaso falas verdade
Para iludir os rapazes
Usas de manhas felizes
Dizes coisas que não fazes
Fazes coisas que não dizes
Comparo o amor à candeia
Que me alumia ao serão
Tenho de estar volta e meia
A espevitar-lhe o morrão
Menina, veja o que faz
Desprezar-me, acho tolice
Olhe que eu sou bom rapaz
E aquilo que disse, disse
Sempre que passo à tardinha
Deixa-te estar à janela
Olha que a tua vizinha
Julga que o caso é com ela
Nunca tens um pensamento
Varias de tal maneira
Que, par a par com o vento
Levavas-lhe a dianteira
A quadra de pé-quebrado
Rima de um modo qualquer
Marido bem comportado
Só rima com a mulher
No amor a justa medida
É, de tudo, o principal
Nem muito sal na comida
Nem a comida sem sal
Mentes com tanta leveza
E tanta sinceridade
Que até coras de surpresa
Se acaso falas verdade
Para iludir os rapazes
Usas de manhas felizes
Dizes coisas que não fazes
Fazes coisas que não dizes